Educação financeira infantil: como ensinar os filhos a poupar?

Todo pai e mãe deseja o melhor para os filhos e, ansiando por isso, acaba cometendo um dos maiores erros: dar-lhes tudo o que está ao seu alcance financeiro sem lhes mostrar o valor do dinheiro. Nesse contexto, o melhor que você poderá oferecer à criança para que não se torne eternamente dependente é a educação financeira infantil.

Do jardim de infância à faculdade, em nenhuma das etapas escolares, o assunto “gestão financeira” é abordado. Em casa, também se cultiva a cultura de que as crianças devem ser “poupadas” das questões que envolvem dinheiro. O resultado disso são adultos que não fazem a menor ideia de como gerir suas finanças e — pior — que, muitas vezes, acham que o dinheiro “cai do céu”.

Para evitar que isso aconteça com o futuro do seu pequeno, é importante que você comece entendendo a necessidade da educação financeira infantil na vida dele e, a partir disso, adote alguns hábitos e posturas que o ajudarão a, desde cedo, saber de onde vem e como lidar com o dinheiro.

Continue lendo e entenda como fazer isso!

Valor do dinheiro: entenda a importância de ensinar isso aos filhos

Uma criança sem educação financeira tem grandes chances de se tornar um adulto consumista e eternamente endividado. Essas características, logicamente, afetarão a sua qualidade de vida e podem ser facilmente associadas a problemas como a ansiedade e a depressão.

Além disso, alguns tabus e gatilhos psicológicos dificultam ainda mais a relação com o dinheiro. Dentre eles, a ideia de que a quantidade de dinheiro que se ganha é proporcional ao volume de trabalho que se faz, e não à qualidade dele.

Alguns conceitos simples, mas muito importantes, como guardar parte do que se ganha, planejar o futuro, formar patrimônio e não trabalhar para o dinheiro, mas fazer com que ele trabalhe para você, precisam ser inseridos na vida dos pequenos desde cedo, para que eles entendam a importância de não focar só no agora quando o assunto é finanças.

Educação financeira infantil: saiba por onde começar

Mas como incluir a educação financeira infantil na vida das crianças? É o que você descobrirá nos próximos tópicos. Acompanhe!

Permita que as crianças ajudem nas escolhas do supermercado

A ida ao supermercado pode se tornar uma verdadeira aula de finanças para o seu filho, principalmente no que diz respeito a identificar o que é o básico e o que é o supérfluo, distinguir quais são as reais prioridades e o que pode se tornar apenas um desperdício de dinheiro.

Presenteie-as com jogos sobre finanças

Os jogos infantis que envolvem ações relacionadas ao dinheiro, como a compra e venda de itens, são uma excelente ferramenta lúdica capaz de ensinar, desde cedo e de maneira mais leve e divertida, sobre as renúncias que, muitas vezes, precisam ser feitas para a conquista de alguns objetivos. Além disso, também são uma excelente atividade para fazer com os filhos.

Ofereça uma mesada (a partir de certa idade)

O momento ideal para inserir a mesada na vida da criança é assim que ela aprender a fazer cálculos simples, como adição e subtração, e, desse modo, se tornar capaz de, por exemplo, saber quanto precisa receber de troco quando paga uma compra com uma cédula maior do que o valor do item adquirido.

A princípio, o ideal é que a mesada seja oferecida em menor valor, porém com uma frequência mais curta e aos poucos. À medida que ela entender como se manter com dinheiro durante todo o intervalo entre uma mesada e outra, você pode começar a aumentar o valor e reduzir a frequência dos pagamentos.

Comece um cofrinho

O cofrinho é uma das principais ferramentas que ajudam a ensinar a importância de poupar dinheiro. Você pode começar apenas com as moedinhas e, gradualmente, mostrar ao pequeno que ele pode guardar uma parte da mesada para investir em alguma coisa de maior valor que ele deseje.

Envolva a criança em pequenas decisões financeiras

É aceitável não envolver a criança em grandes problemas financeiros familiares, já que podem se tornar motivo de grande estresse. Porém, envolvê-la em pequenas decisões do dia a dia, como pedir pizza ou guardar o dinheiro para algo mais importante e comer a comida caseira mesmo, ou decidir qual o destino da próxima viagem de férias, com todas as questões financeiras que isso envolve, ensina a elas a fazer boas escolhas.

Dar-lhe a responsabilidade de pagar alguma pequena conta doméstica, como a assinatura do Netflix ou algum outro serviço que ela use com frequência, usando a própria mesada (que deve ser suficiente para isso), também é um ótimo modo de fazê-la criar senso de responsabilidade.

Deixe claro o valor do tempo

Muitas excelentes ideias, que poderiam se tornar projetos milionários, sequer saem do papel por falta de tempo de quem as concebeu. Além disso, muitas vezes, a produtividade não está relacionada ao tempo de dedicação, mas ao foco dado à atividade em execução.

Em resumo, é preciso fazer com que os seus filhos entendam que o modo como aproveitam o tempo está diretamente relacionado aos seus ganhos financeiros e que, na maioria das vezes, os trabalhos nos quais eles “não precisam fazer nada” não são a melhor opção.

Ao longo deste texto, você pôde compreender a importância da educação financeira infantil para que os seus pequenos se tornem adultos responsáveis, que saibam pensar no futuro, tenham uma boa qualidade de vida e sejam livres de dívidas impagáveis e estresses financeiros.

Além disso, também obteve algumas boas dicas de educação financeira infantil, que você pode começar a colocar em prática agora mesmo e que o ajudarão a inserir esse assunto no dia a dia das crianças com mais facilidade e eficiência. Então, não perca mais tempo: mãos à obra!

Se achou que este conteúdo foi útil para você e deseja receber outros como ele, não deixe de assinar, agora mesmo, a nossa newsletter para receber muitos outros materiais sobre este e outros temas importantes relacionados à construção de patrimônio! Sempre se mantenha informado!