
O que é deflação e como afeta o mercado imobiliário?
A inflação é um conceito econômico que frequentemente aparece nas notícias e conversas sobre economia. Por outro lado, a deflação, termo usado para se referir à queda contínua e generalizada dos preços, é menos conhecida e debatida, mesmo sendo de grande relevância para a economia e os investimentos.
Pensando nisso, desenvolvemos este conteúdo especial sobre deflação. Nele, você conhecerá detalhes sobre o conceito, as causas e como ela afeta o setor imobiliário. Vai entender ainda quais são os desafios econômicos atrelados a essa queda nos preços. Confira!
O que é a deflação?
A deflação é um termo usado em economia para se referir à queda generalizada e contínua dos preços de bens e serviços em um determinado período. Embora possa parecer benéfica à primeira vista, ela pode trazer uma série de consequências negativas para a economia, como a diminuição do consumo, o aumento do desemprego e a dificuldade das empresas em obter lucro.
Para calcular a taxa de deflação, se utiliza um índice de preços, como o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que acompanha a variação dos preços dos principais itens de consumo.
Por meio da análise da variação desse índice ao longo do tempo é possível identificar se houve aumento (inflação), redução (deflação) ou estabilidade nos preços. Apresentando variação negativa é sinal de que houve deflação.
Qual é a diferença entre deflação e inflação?
Embora ambos sejam eventos econômicos, a grande diferença entre eles está no fato de que representam movimentos opostos em relação ao comportamento dos preços de bens e serviços.
A inflação consiste no aumento generalizado e contínuo dos preços. Quando há inflação, o poder de compra do dinheiro diminui, ou seja, com a mesma quantia de dinheiro, é possível comprar menos produtos do que antes.
Por outro lado, a deflação denota o movimento contrário, ou seja, a queda generalizada e contínua dos preços de bens e serviços. Assim, em um cenário de deflação, o poder de compra do dinheiro aumenta, permitindo que as pessoas comprem mais produtos com a mesma quantia de dinheiro.
Como a deflação impacta os investimentos?
Se olharmos friamente para os conceitos, a deflação pode parecer algo positivo. No entanto, para a economia, os seus efeitos são complexos e podem gerar incertezas no mercado.
Vamos imaginar em uma situação prática, com a deflação, o valor real das dívidas aumenta, tornando-as mais difíceis de serem pagas. Isso pode levar empresas à insolvência e inadimplência, afetando o retorno dos investimentos.
Somado a isso, a queda generalizada dos preços pode reduzir as margens de lucro das empresas, desestimulando novos investimentos. Em decorrência disso, pode haver uma instabilidade econômica, aumentando as incertezas, freando os investimentos e dificultando o planejamento, tanto para empresas quanto para investidores.
Essa situação também afeta o mercado imobiliário, trazendo consequências como a queda nos preços, a dificuldade de obter financiamentos, o aumento da inadimplência e o desincentivo à construção.
A deflação costuma levar à queda nos preços dos imóveis, já que a demanda diminui e os compradores esperam por preços ainda mais baixos. Porém, com a economia desacelerando, os bancos tendem a ser mais rigorosos na concessão de créditos, dificultando o acesso a financiamentos para compra de imóveis.
Outra consequência atrelada à deflação é o desincentivo à construção. Com a queda na demanda e a dificuldade em obter financiamento, as construtoras tendem a reduzir o lançamento de novos empreendimentos.
Quem investe no mercado imobiliário precisa estar atento aos movimentos da economia, monitorando os indicadores econômicos, diversificando os investimentos e buscando ativos que ajudem a proteger o patrimônio em um cenário de deflação.
Você tem dúvidas sobre investimento imobiliário em um cenário de deflação? Deixe um comentário e compartilhe conosco suas dúvidas, experiências e opiniões sobre o assunto!