taxas de juros dos bancos

Previsões de quedas para as taxas de juros dos bancos

Historicamente, a taxa de juros dos bancos é afetada por fatores internos e externos que também influenciam as contas públicas. Recentemente, a Caixa Econômica Federal e os principais bancos do país anunciaram queda nas taxas praticadas para diferentes serviços, incluindo o de financiamentos imobiliários.

Tais mudanças afetam tanto a concorrência dos bancos quanto a sua facilidade de compra de imóveis novos ou usados. Entenda mais sobre o assunto e confira as novas taxas praticadas pelas instituições financeiras.

O cenário dos juros no Brasil

De modo geral, os juros determinam o custo de utilização do dinheiro. Cenários políticos, inflação, política monetária, acontecimentos internos e externos e a demanda de procura pela moeda são somente alguns exemplos de fatores que influenciam nas taxas de juros dos bancos. 

Tanto o aumento dessa taxa quanto a queda refletem na economia do país, incluindo o poder de compra, preço dos produtos e nas taxas de financiamentos de imóveis. Isso acontece justamente porque a procura agregada por um serviço ou produto influencia no lucro dos empresários.

Se formos levar em consideração o fator histórico, a taxa de juros caminha no mesmo sentido que a inflação. Quando uma apresenta baixa, a outra também. O mesmo acontece com o aumento.

Sendo esse um dos três determinantes base da elevação ou queda da taxa de juros. Além disso, o aumento ou diminuição desses dois se dá de maneira equilibrada. Então, se a inflação sobe, por exemplo, três pontos percentuais, a taxa de juros também.

O segundo influenciador é a situação fiscal do setor público do Brasil. Os desfalques gerados pelo descontrole dos gastos públicos fazem com que seja necessário recorrer a empréstimos para cobrir déficits.

No entanto, isso resulta em diminuição dos créditos públicos que são utilizados para disponibilizar empréstimos ao setor privado e afeta a lei de oferta e procura, já que em situações graves e desfavoráveis os municípios e os estados utilizam os recursos do sistema bancário.

O terceiro determinante é o cenário das contas externas do Brasil. Quando o país acumula dívidas, há necessidade de subir a taxa de juros para atrair e captar créditos financeiros.

Dentro de um panorama histórico, a taxa de juros dos bancos e do Brasil sempre oscilou. Para que se tenha uma ideia, em 1996 ela começou em 1,90% e terminou em 1,70%. Já em 1998 ela atingiu 38%. Nos últimos cinco anos, a taxa atingiu 14,25%, passou por 7% e permaneceu 6,5% do início de 2018 até a atual mudança do Banco do Brasil que a fez fechar em 6%.

As mudanças nas taxas de juros da Caixa Econômica Federal

Em julho de 2019, a Caixa Econômica Federal anunciou um corte considerável na taxa de juros das suas linhas de crédito, tanto para empresas quanto para famílias.

O novo pacote, que recebeu o nome de Caixa Sim, oferece cheque especial para famílias com juros de 8,99% ao mês para empresas e famílias, sendo essa uma queda de 33% e 40% dos serviços. Sobre o crédito pessoal, houve redução de até 21% nas taxas mensais, que passam de 4,99% para 2,29%.

Logo depois, em agosto, a Caixa Econômica Federal também anunciou mudanças na concessão de crédito imobiliário. Com essa nova linha, as taxas de juros para financiamento de imóveis ficam entre 2,95% e 4,95% que deve ser somada a inflação — medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Ativo (IPCA).

As novas porcentagens poderão ser utilizadas para financiar até 80% do valor dos imóveis, independentemente de serem novos ou usados, e que tenham prazos de até 360 meses. Essa mudança tem o seu lado bom e o ruim.

Apesar de a inflação no Brasil se manter controlada nos últimos três anos e abaixo das metas determinadas pelo Banco Central, oscilações podem existir. Em razão disso, em financiamentos muito longos, é possível que os valores variem, pois há momentos favoráveis em que as taxas caem e sobem. Então, é importante estudar e ter em mente essas mudanças.

Em contrapartida, as novas condições anunciadas pela Caixa Econômica Federal estimulam a concorrência entre as instituições financeiras, que precisam ajustar as taxas de juros dos bancos em seus contratos. Somente assim é possível manter uma boa oferta de crédito não só entre as grandes instituições financeiras, mas também as fintechs.

A queda nas taxas de juros dos bancos

Após o anúncio das mudanças de juros nas concessões da Caixa Econômica Federal, as principais instituições financeiras também anunciaram reduções nas cobranças das taxas de juros dos bancos.

O ponto de partida dessas mudanças foi o corte na taxa básica de juros (Selic), que foi feito pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A redução foi de 0,5% ponto percentual, sendo que isso significa que a taxa de juros foi de 6,5% ao ano para 6%.

Banco do Brasil

O BB informou que, desde agosto de 2019, houve redução nas taxas para pessoas físicas e jurídicas nas linhas de crédito imobiliário. As condições para PF passaram de 8,49% para 8,29%, desde que a aquisição do imóvel seja feita pelo Sistema Financeiro de Habitação, o SFH. Já os empréstimos pessoais passam de 2,99% para 2,95% ao mês.

Itaú Unibanco

De acordo com a instituição, os novos contratos seguirão a mudança de 0,50% da taxa Selic, sendo que essa mudança na taxa de juros do banco será válida para empréstimos pessoais para as pessoas físicas e no capital de giro para pessoas jurídicas.

Santander

Seguindo com as taxas de juros dos bancos, o Bradesco concede taxa a partir de 8,99% ao ano mais taxa referencial (TR) para financiamentos de imóveis pelo SFH e SFI e de 8,49% mais TR para pró-cotistas FGTS, considerando financiamentos de até 80% do valor total do imóvel.

Bradesco

As taxas de juros do banco Bradesco para financiamento de até 80% do valor do imóvel novo ou usado são de 8,85% mais TR em contratos pelo SFH e SFI.

As taxas de juros dos bancos influenciam diretamente no mercado imobiliário e nos valores de compra de imóveis. Sendo assim, é de grande importância que você se mantenha atualizado sobre esses fatores determinantes dessas taxas, assim consegue adquirir o seu imóvel em boas condições de contrato.

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